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Defende-se que aos Agentes da Autoridade devem ser-lhes dadas as condições para ocuparem, na respetiva hierarquia, o lugar que por mérito próprio a cada um cabe, mas, entretanto, verifica-se que, ciclicamente, se detetam descontentamentos numas corporações, que noutras há um latente mal-estar, que podem significar injustiças, eventualmente cometidas por quem decide.
É necessário que a seleção e preparação policial sejam radicalmente alteradas, modernizadas, moralizadas e imparcializadas e, nesse sentido, os agentes da Autoridade não podem ser escolhidos a partir, apenas, de uma compleição física mais desenvolvida, excetuando-se para determinados núcleos de intervenção rápida especializada, de alto risco, mas, ainda assim, e em qualquer dos casos, o critério fundamental e preferencial deveria assentar na capacidade intelectual, na atitude cívica, no comportamento ético e no conceito deontológico que o candidato revelar para, numa fase posterior, os mais idóneos, competentes, dedicados e academicamente habilitados, ocuparem os lugares-chave, na hierarquia em que se inserem.
Os Agentes da Autoridade, qualquer que esta seja, devem possuir formação humana, no sentido antropológico mais profundo, sem as preocupações materialistas, porque o homem não é só matéria mas muito mais do que isso, ele é espírito, consciência, alma, detentor de princípios, de valores de projetos, e, portanto, combatente pela dignidade humana, pela defesa dos direitos e pelo cumprimento da Lei.
É para este projeto, para esta sociedade que se devem formar todos os cidadãos em geral e, particularmente, aqueles que vão exercer uma determinada Autoridade. Uma Autoridade que, verdadeiramente, comungue os valores do humanismo, da compreensão, da tolerância e da firmeza, porque, afinal, todos os seus agentes, provêm dos mais diversos estratos sociais: dos mais humildes e desfavorecidos, aos económica e intelectualmente mais favorecidos.
A inevitabilidade do percurso da vida, levará, também, os Agentes da Autoridade, à condição de cidadãos comuns, quando estiverem na situação de reformados, serão idosos, fragilizados e, certamente, vão gostar de serem cuidados com amizade, com carinho, com tolerância e benevolência por aqueles que, então, estarão, no auge das respetivas carreiras. É por tudo isto que Autoridades e sociedade civil devem caminhar de mãos-dadas, compreendendo-se, tolerando-se, ajudando-se uns aos outros, com lealdade, com solidariedade e dignidade.