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Entre a procura pelo café com melhor wifi, os lattes, os Matchas e os cappuccinos com leite vegetal, tenho a sensação de que me tornei um cliché hipster.
Já passei pelo cliché francês, sentada numa qualquer esplanada do Marais, copo na mão, de cigarro nos lábios vermelhos e ar empertigado. Pensando melhor revejo-me em vários estereótipos: O italiano desasseado, o grego preguiçoso, o alemão muito sério. Quem nunca, em alguma altura?… Há dias pra tudo.
Devo ser com certeza um estereótipo português aos olhos dos outros, mas o fato de eu ser vegetariana destabiliza os critérios.
Podemos não gostar, mas as sociedades são retratadas de acordo com o que é, genericamente, o comportamento das pessoas que a compõem. Esses retratos ficam na mente coletiva do povo e definem também as forma como nos comportamos perante os outros.
O convívio com os demais de todas as cores e credos dá-nos perspetiva. Atenua os pré-conceitos e ameniza as diferenças. Afinal somos todos feitos de pó de estrelas. A sociedade é que nos transforma.