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Uma das vantagens de estar no centro da Europa é a proximidade a todo o lado. O conforto de apanhar o comboio, dos meios de transporte mais ecológicos, e atravessar fronteiras no tempo de uma reflexão é sem dúvida uma mais valia destas cidades centrais.
Já faz tempo de não conjugo o verbo ir. Ir pra longe do meu canto, do dia-a-dia rotineiro que começa a pesar em mim, insaciável de novas paisagens.
Subo para a carruagem de 1ªclasse que me aguarda na estação. Atravessamos campos verdes de cor primavera, amarelo sol, em direção à fronteira com a Suíça.
A paisagem arquitetónica torna-se mais alsaciana e aproximamo-nos do meu quadragésimo país visitado. Um marco não muito grande, mas que muito me orgulho. Basileia estava na minha lista. Uma das cidades helvéticas mais culturais é, entre outras, a sede do Bank of International Settlements que apela à costela de gnomo que há em mim. Inevitável defeito profissional.
O fim de semana é curto. Mas o suficiente para conhecer o pequeno centro histórico sob o Reno dominado por edifícios do sec. XII ao XVI a contrapor com os modernos edifícios desenhados pelos mais prestigiados arquitetos como Franck Guery ou Richard Meier.
Ao sair da estação percebe-se que estamos noutro país. A língua muda. O dinheiro muda. Mas em pouco tempo ouvimos um sotaque nortenho que nos é familiar. Sempre a diáspora por todo o lado.