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Parti da cidade de Genebra para descobrir um pouco da cidade do Porto, em Portugal.
Logo pela manhã bem cedo me levantava e ia correr à beira rio, o Douro que trago na minha memória desde que nasci.
Posso dizer que o rio Douro me viu nascer, vim ao mundo na região do Douro.
Quando corria pela manhã no Porto, sentia-me em casa porque voltava a ver aquele grande curso natural de água.
Fui conhecer aquela bela cidade, onde vi estátuas construídas do passado, tirei fotografias por onde passava, e quanto mais avançava, mais admirava a Invicta, com lindos jardins de encantar os olhos.
Por vezes ficava com lágrimas nos olhos, pensando porque não fui viver para aquela cidade, em vez de ter ido para a Suíça.
Mas as lágrimas limpava eu e por onde passeava, prometi a mim mesma voltar mais vezes. Que três dias lindos, pois pela primeira vez senti uma sensação grande de liberdade.
Não ter horários para as refeições, comi à hora que queria, não tinha horário para sair do hotel nem hora para entrar. Sozinha para descobrir tantas coisas belas, que nunca imaginei existirem. Todos aqueles com quem falei eram pessoas de bom coração. Pelo meu sotaque, quando falava, perguntavam de onde vinha eu. Chegaram várias vezes a perguntar se eu era da ilha dos Açores. Por vezes tinha que dar umas boas gargalhadas.
Respondia que estava de passagem, pois vivo na Suíça, mas que tive vontade de conhecer tão bela Cidade do Porto. Andei horas a pé para tantas coisas poder ver e fotografar.
No final da noite sentia-me cansada mas feliz por ter conhecido tanta beleza. Por vezes ao ver as estátuas e outras obras do passado perguntava como poderiam deixar algo tão maravilhoso para podermos admirar e estar tão bem conservado para o futuro. Os três dias passaram-se rápido, mas antes de partir, já com a minha mala preparada, fui almoçar bem perto do rio Douro e tirei os meus ténis para molhar os pés nas suas águas.
Chorei naquele momento e as minhas lágrimas misturaram-se com aquela água esverdeada e misteriosa que encerra histórias antigas.
Prometi que voltarei para respirar de novo os cheiros da cidade Invicta e voltar a admirar cada rua, cada frase à moda do Porto e cada monumento.