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Desde o dia 13 de Março de 2020, dia da primeira morte em Portugal devido à Covid 19, o país tem vivido em confinamentos sucessivos, com restrições às mais básicas liberdades, com proibição de visitas a familiares, sem o direito de celebrar festividades, com a proibição de realização de eventos, com a economia fechada e a definhar, com um Governo e um Presidente da República à deriva. Digamos que uma sociedade doente, não pela doença, mas pela cura que nos querem impor.
A cada nova avaliação que o Governo faz da situação epidemiológica o Governo endurece as medidas contra a população e contra a economia, como se o objectivo fosse tudo destruir.
Perante todas estas contrariedades e imposições por parte do Governo, seria de esperar a solidariedade de todos os agentes da sociedade, em especial da classe política, que tem a obrigação de dar o exemplo.
Mas perante este cenário, ter o desplante de afirmar a primazia de uma reunião partidária sobre todos os valores éticos nos quais deve assentar uma sociedade saudável, demonstra a falta de consideração e respeito que determinada classe política tem pelos Portugueses.
E vem isto a propósito do facto de o Partido Comunista Português se recusar a adiar o seu congresso.
Ora perante a situação de calamidade que assola o país, se realmente o PCP fosse, como diz, o partido defensor do povo e da classe operária e oprimida, se realmente estivesse ao lado das pessoas e dos trabalhadores, seria o primeiro a tomar a atitude de adiar o congresso, como teria cancelado a festa do Avante, em solidariedade com todos os Portugueses.
Mas, falta humildade ao PCP para isso. E a Humildade não está, nem nunca esteve, no ADN dos Partidos Comunistas.
Mas, estas atitudes despóticas e desrespeitosas do PCP para com todos os portugueses só são possíveis e permitidas porque o Governo depende do PCP. Não nos esqueçamos como é que António Costa conseguiu chegar a Primeiro-ministro.
E é de fácil prova esta evidência.
Quando o Primeiro-ministro diz que a lei não permite o cancelamento do congresso do PCP, comete 2 erros de uma assentada só: o 1º é que ninguém pede o cancelamento do Congresso, mas sim o seu adiamento para data mais oportuna. 2º erro é que a lei que o Primeiro-ministro cita (lei 44/86) é a mesma que diz que as reuniões dos sindicatos e associações sindicais também não podem ser proibidas.
Todavia, tendo por base a mesma lei a douta DGS proibiu a realização da Assembleia Geral da Ordem dos Advogados, também ela protegida pela lei citada pelo Primeiro Ministro.
Mas, como eu costumo dizer, “uma pessoa inteligente nunca cita a lei em primeiro lugar, cita sempre o bom senso, e só depois a lei”.
O PCP gosta muito de encher a boca com belas palavras de apoio ao povo, à classe operária e oprimida, aos trabalhadores, mas, depois, faz o seu contrário.
No discurso do PCP nunca poderá faltar a referência ao fascismo, ao Estado Novo, uma espécie de balão de oxigênio para a sua sobrevivência. E, quando confrontado com o não adiamento do Congresso, diz o Kamarada Jerónimo: “não se pode pôr em oposição as medidas de segurança que vão ser necessárias e o exercício das liberdades” remetendo para a realidade que vigorava no Estado Novo.
Gosta muito o PCP de falar do Estado Novo. Pena que apague da História de Portugal um dos seus períodos mais negros, o PREC. Período no qual, os Democratas do PCP, queriam instalar em Portugal uma ditadura de extrema esquerda.
Desse período o PCP não fala, das suas perseguições políticas, das suas prisões arbitrárias, das condenações e prisões sem julgamento, das nacionalizações que destruíram a economia Portuguesa, do seu grande slogan da altura “Encher o campo Pequeno de Portugueses e fuzilá-los”.
Não tivesse sido o contra golpe do 25 de Novembro de 1975, comandado pelo General Jaime Neves, e os portugueses teriam tido a triste experiência de viver numa “democracia” do tipo União Soviética, Coreia do Norte, Venezuela, tal era o desejo supremo do PCP.
Termino adptando uma estrofe da internacional:
“O Abuso do PCP a lei cobre; O PCP esmaga o oprimido; Não há direitos para o Pobre; Ao PCP tudo é permitido.”
Fernando Vaz das Neves
(Nota: após a publicação deste artigo, passarei a ter a seguinte nota nas fichas do PCP: perigoso fascista)
(Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia)