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O PSD vai dedicar o final de setembro ao diagnóstico do setor da educação e, durante quatro dias, “ouvir pais, professores e alunos”, terminando no Porto com uma conferência sobre temas como o pré-escolar ou novos modelos de ensino.
Entre 27 e 30 de setembro, o presidente do PSD, Luís Montenegro, e a vice-presidente Margarida Balseiro Lopes vão realizar um conjunto de encontros com dirigentes escolares, sindicatos e autarcas em vários pontos do país.
“O objetivo é dedicarmos esta semana ao tema da educação, tendo encontros e visitas descentralizadas, em que queremos ouvir pais, ouvir alunos e ouvir professores”, explicou à Lusa Margarida Balseiro Lopes.
A antiga deputada e ex-líder da JSD apontou como propósito destes dias “assinalar os principais desafios e problemas que o setor enfrenta, mas também perspetivar soluções”,
A iniciativa arrancará no dia 27 em Lisboa – “provavelmente o sítio do país onde o problema da falta de professores mais se sente” – com visitas a escolas, mas também encontros com sindicatos, pais e diretores escolares, terminando com uma conferência nacional, no Porto, no dia 30, com o tema “Encontros sobre o Futuro”.
Na conferência, que será aberta pela ‘vice’ Balseiro Lopes e encerrada pelo líder Luís Montenegro, o antigo conselheiro do Conselho Nacional de Educação Alexandre Homem Cristo fará a radiografia do setor educativo, seguindo-se uma exposição sobre o caso inglês, pelo professor universitário Miguel Herdade, diretor associado no Ambition Institute.
O pré-escolar será outro tema em debate com a docente universitária Susana Peralta e o presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD Pedro Duarte, seguindo-se painéis sobre “Os novos modelos de ensino” ou o que é “Ser professor”.
“Na questão dos professores, temos preocupações não apenas com as questões na ordem do dia, como a contagem do tempo de serviço, mas também com aquele que é um dos problemas centrais e nevrálgicos nas escolas: nós não temos professores”, frisou Margarida Balseiro Lopes.
A vice-presidente do PSD referiu as estimativas de que serão, nesta altura, cerca de 80 mil os alunos sem professor a pelo menos uma disciplina.
“É um tema do ano passado, de há dois anos e que se está a agravar sem que existam respostas. Concordaremos todos que não há escolas sem professores e, portanto, temos de os valorizar, mas também de conseguir trazer mais pessoas para a carreira”, defendeu.
Nesse painel da conferência dedicado ao tema “Ser professor”, os oradores vão ser o secretário-geral da Federação Nacional de Educação (FNE), Pedro Barreiros, o investigador e docente universitário Pedro Freitas – que já alertou que 40% dos atuais professores deixarão a escola nos próximos anos – e a diretora de agrupamento de escolas Helena Pereira.
Questionada sobre o ‘timing’ da iniciativa, já depois do arranque do ano letivo – que começou esta semana - , a dirigente social-democrata considerou que discutir a educação fará “sentido no final de setembro, em outubro, novembro ou dezembro”.
“Não será de estranhar termos outras iniciativas, a educação é um tema sempre na ordem do dia”, salientou.