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As remessas dos emigrantes portugueses, rendimentos transferidos para Portugal pelos trabalhadores residentes noutro país, são importantes fontes de rendimento para as famílias, potenciando o seu crescimento e o desenvolvimento. Mas também são fontes de investimento e poupança.
De acordo com os dados do Banco de Portugal, os emigrantes portugueses enviam regularmente remessas para as suas famílias, mantendo uma ligação próxima com a pátria.
As remessas dos emigrantes têm uma importante influência na economia portuguesa, sendo habitualmente o valor de remessas recebidas de emigrantes superior ao valor de remessas pagas aos imigrantes.
As remessas mais generosas da diáspora chegam da Suíça, de França e do Reino Unido, conforme informação da base de dados da Pordata. Em 2020, os emigrantes residentes nestes três países foram responsáveis por mais de metade das remessas recebidas pelas famílias portuguesas.
Ainda de acordo com os dados do Banco de Portugal, os emigrantes portugueses que residem no estrangeiro enviam um maior valor de remessas nos meses de Julho e Dezembro.
Portugal é um dos países da União Europeia (UE) que habitualmente regista dos valores mais elevados de remessas recebidas.
Em termos dos países que mais contribuíram para este resultado histórico, a Suíça e a França destacam-se, como habitualmente, valendo mais de 2 mil milhões de euros em remessas enviadas para Portugal.
De acordo com informação do Banco de Portugal, dados relativos a 2021, os saldos credores mais significativos distribuem-se da seguinte forma:
Suíça: 1.043,07M€; França: 1.000,91M€; Reino Unido: 423,38M€; Angola: 242,70M€; Alemanha: 218,41M€; Luxemburgo: 71,38M€; Bélgica: 56,58M€; União Europeia: 1.492,04M€; Área Euro: 1.518,82M€; Europa: 2.936,27M€
Parte destas remessas destinam-se ao apoio da família a residir em Portugal, outra parte a investimentos e ainda à poupança.
No caso da poupança seria desejável o domínio da Literacia Financeira, para uma diversificação e rentabilização esclarecida das poupanças.
23-03-2022
O autor produziu este artigo de opinião, da sua responsabilidade, em exclusivo para os leitores do jornal online LUSO.EU. Escreveu de acordo com as regras ortográficas anteriores ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990.