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Se um estúdio independente de televisão pode ser transformado no que se quiser, por maioria de razão o seu plateau também pode convertido numa local de degustação de vinhos, bastando para tal que o locatário queira melhor rentabilizar o espaço que traz de renda. Foi o que recentemente aconteceu em Bruxelas no “Le Studio du Chien Marin”.
Congregaram-se vontades empresariais, comerciais, vinícolas e patrióticas para que vinhos portugueses desfilassem no centro histórico da capital belga onde se apesentaram mais algumas das nossas melhores pingas.
Na nova prova de vinhos lusos em que fui todos eram bons ou muito bons. Considero, a este propósito, que se deve fazer ainda muito mais pela promoção dos vinhos nacionais espalhando aos sete ventos pelas quatro partidas do mundo a enorme qualidade néctares do nosso retângulo e que queremos ver reconhecidos como dos melhores entre os melhores.
Os seus atributos e particularidades não são inferiores aos vinhos franceses, italianos ou espanhóis. São é menos conhecidos. E é pena.
Desta feita, os vinhos em exibição são produzidos pela Idealdrinks, empresa que nasceu em 2010 por iniciativa do empresário Carlos Dias, em terroirs no centro e norte do país, nomeadamente na região do Alto Minho como é o caso do Quinta da Pedra e do da Quinta dos Milagres de Viana do Castelo, ou o do Paço da Palmeira que já é feito no distrito de Braga; e também na região do Dão como é o caso da Quinta da Bela Encosta que se situa em Viseu; como na Bairrada na Quinta da Malandrona, na Quinta das Colinas de São Lourenço, na Quinta da Cúria e na Quinta do Seminário, todos estes já no distrito de Coimbra.
Nesta prova deixei-me logo seduzir pelo fantástico espumante Colinas Brut Natura da Bairrada, região vitivinícola que aprecio cada vez mais, talvez por a associar também ao belo leitão sem par na forma com é temperado e confecionado, o qual sabe ainda melhor se for acompanhado pelas belíssimas pomadas frisantes que nos entorpecem luxuriosamente o palato.
E depois dos rosés, aos brancos e tintos, todos se apresentaram de sensíveis aromas e sabores delicados, em especial a Principal Grande Reserva que, tal como vem descrito e subscrevo, é um vinho encorpado, volumoso, com taninos bem marcados, mas cujo preço só está acessível a bolsas mais recheadas. Mas, toda a vida se ouviu dizer que o que é bem é caro.
Diga-se, a terminar que nenhum destes vinhos é propriamente barato, mas todos, sem dúvida, valem bem o preço. Assim haja dinheiro para os comprar.