Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Todos os moralistas são pessoas detestáveis, sem excepção. Apregoam públicas virtudes e praticam privados vícios. A moral dos moralistas é uma couve de caldo verde enrolada num chispe de porco com sabor a frango assado regada a mal()vasia.
A moral dos moralistas dá voltas ao estômago, provoca muitas cólicas nos intestinos, vem carregada de diversos tipos de febres, infestada de vírus e várias unidades de bactérias é um vomito de azia.
A moral dos moralistas é uma comida estragada, é medicamento fora de prazo, é sujidade mental, é uma degenerescência a extirpar de todo o fel.
A moral dos moralistas é um esgoto a céu aberto, cheira mal, fede a enxofre, contaminando o ar em volta de tóxica radioatividade.
A moral dos moralistas pretende ser a única detentora do absoluto, verdadeiro e digno comportamento dos bons costumes, ditar a moda e as modas, desenhar as curvas, estabelecer as rectas, os estampados, floreados, afinando os tons pelas proibições.
A moral do moralista é de vistas curtas, apregoa de nariz empinado verdades insofismáveis, é arrogante, irritantemente autoritária, de ideias feitas cheira mal dos pés e nunca lava o sovaco nem as partes baixas.
A moral moralista opina sobre tudo e sobre nada sem nunca se ter debruçado a estudar qualquer assunto, escudada que está na sua autoridade ignorante de poder dizer mal de tudo e de todos os que não afinam pelo seu diapasão.
A moral moralista dorme numa enxerga de palha, mas imagina-se em lençóis de cetim repousando num colchão de pensas de ganso com a cabeça refastelada numa almofada debruada a penas de pavão ou de pavoa, que é ave que não voa.
A moral moralista nunca sai da janela sempre a observar a vida dos outros para a comentar em tons sórdidos, muitas vezes lançando boatos vis e indignos para se afirmar como poço de qualidades, num autoelogio tolo e absurdo de quem raramente se olha ao espelho e quando se olha observa-se tal narciso eivado de vaidade em sublinhada insensibilidade.
A moral moralista atrofia, entropece, magoa à toa quem lhe aparece pela frente em desenfreado tropel de mal dizer, ofender e destilar veneno que nem víbora-cornuda.
A moral moralista deve perecer na guilhotina e ser salgada para nunca mais medrar. Já ética, a honradez, a rectidão, a justiça e a fraternidade devem ser glorificadas e colocadas no panteão das grandes deusas do universo.