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A maior parte das sex shops de Bruxelas não tem graça. Os artigos para venda são bons, mas amiúde estão dispostos sem trelho nem trabelho e o padrão estético da respetiva embalagem deixa a desejar. O aspeto e a falta de esmero dos vendedores tampouco ajudam os visitantes.
A Lady Paname é diferente — cheiro agradável, voz de Suzie Delair, atmosfera refinada. A sala traseira parece um boudoir, com toucador, estofados, banqueta com remate superior em veludo, tonalidades bordeaux que sugerem luxúria. Chantal e a senhora que a acompanha vestem‑se sempre de preto e dão bons conselhos. Os vibradores, os dildos, os lubrificantes e os óleos de massagem não são melhores do que os propostos noutras lojas, mas o atendimento, as plumas, as máscaras de papel machê, os conjuntos «mestre e escravo» e os livros de erotismo não têm par em Bruxelas. Afora sexo, na Lady Paname podemos cuidar de assuntos mais prosaicos: vi lá um livro com o título Comment gérer un partenaire toxique.
Sou professor há muitos anos — atualmente com contrato suspenso —, mas agora é nas sex shops que mais ensino. À semelhança do que sucedeu no mês passado numa loja desse género em Múrcia, dei a conhecer à «Lady Paname» a Eva e o Sakura. E, assim como ela um dia me assegurou que o Womanizer é um caso de sucesso, eu disse−lhe hoje que a Eva e o Sakura são conseguimento em todo o seu esplendor. Garantem notas de que nenhuma aluna reclamará.