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Não é nenhuma novidade dizer que são os jovens diplomados que partem porque não conseguem encontrar empregos e remunerações compatíveis com a formação adquirida.
Mas também é necessário dizer que se, por um lado, Portugal perde jovens qualificados, por outro, adquire luso falantes em terras fora de Portugal, o que é, de uma certa forma, também uma riqueza para o que poderíamos designar pomposamente por lusolândia.
São estas duas realidades que abordamos nestes dois sonetos – a partida de jovens para o estrangeiro e a presença e a continuidade da língua portuguesa falada noutras terras.
OS JOVENS SÃO A GERAÇÃO QUE PARTE!
Os jovens são a geração que parte!
Portugal esvazia-se pouco a pouco!
Escavam, sem o querer, grande cabouco
Que afetará toda a nação. Destarte,
Nossa juventude é um estandarte!
Não podemos fazer ouvido mouco
Nem agir, ao de leve, como um tarouco!
Jovens são, da nação, o baluarte!
Portugal, um país de emigração,
Viu partir novos, velhos, para França,
Argentina, outras terras e Brasil.
Mas esta é ínclita geração
Que nos traria a grande esperança
De construir o Portugal de Abril!
MINHA PÁTRIA É A LÍNGUA PORTUGUESA!
Minha pátria, a língua portuguesa!
Falo palavras entre estrangeiros,
Compreendidas entre brasileiros.
Sinto profundo orgulho de nobreza.
Ao compará-la à língua gaulesa,
Temos orgulho de ser timoneiros
E, de entre muitos, sermos primeiros
A usar, longe, tamanha riqueza.
Pátria distante e amor infinito!
Lutar com forca pra sobreviver!
Honrar também nossos antepassados!
Falar a nossa língua é como um rito,
Em nós está impregnada até morrer.
Todos sons no meu ser estão plasmados!