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Uma bela aventura com o meu irmão
Um dia em família e com amigos o meu irmão convida-nos para um piquenique, num fim de semana de verão. Lembro-me como se fosse hoje.
Ideia do meu irmão:
- Vamos fazer um piquenique perto de um rio. Fui lá uma vez e gostei muito.
Nós entramos na aventura dele, mas um dos nossos primos perguntou ao meu irmão:
- Tens a certeza que vais dar com o rio? Quando lá foste, há uns anos atrás, disseste que tiveste dificuldade em encontrar o rio. Ainda te lembras da estrada por onde passaste?
Com um belo sorriso, respondeu que um rio não foge. Deve lá estar no mesmo sítio. Mas o meu primo e todos nós começamos a rir. A duas horas de viagem esperamos encontrar o rio.
O meu primo perguntou:
- Não acham melhor eu ficar por cá a fazer a fogueira, enquanto vocês vão à procura do rio?
Tivemos que rir muito.
Lá fomos nós na aventura com o meu irmão, rolando horas dentro do carro o meu irmão e a minha mãe na frente e nós seguíamos noutros carros.
Achamos estranho o rio ficar tão longe. Cada vez que ele se enganava na estrada, voltávamos à rotunda e andávamos às voltas atrás dele. Mas como ele não saía da rotunda, os outros carros que vinham pelas outras estradas não podiam entrar porque ocupávamos a rotunda.
Eu já estava farta de rir no meu carro, não achava aquilo normal e via como ele ria do carro dele com a minha mãe e o nosso primo.
O meu marido que não se calava: - Eu quero ver a que horas vamos comer. Eu só podia rir. Mas desconfiava que o meu irmão preparava alguma coisa. Várias horas depois ele encosta o carro e todos nós fizemos o mesmo. Quando ele sai do carro, propõe irem fazer o piquenique no jardim da minha casa.
Eu não parava de rir, pois já sei como ele é. Quando lhe perguntei porque não íamos fazer o piquenique ao pé do rio, ele respondeu: - Eu não encontrei o rio. A última vez que vim cá o rio estava por aqui mas acho que roubaram o rio.
Eu dei tantas gargalhadas que até chorei de tanto rir.
Como era possível roubar um rio?
Quando o nosso primo respondeu:
- Eu bem dizia que era melhor eu ficar no jardim a fazer a fogueira enquanto vocês iam dar um passeio.
Todos demos uma risada geral, menos o meu marido:
- Mas afinal a que horas é que vamos comer?
Responde o meu irmão:
- Daqui por algumas horas. Quando chegarmos à minha casa.
Eu já não podia rir mais, mas o meu marido não achava graça de eu tanto rir. O meu irmão sempre a rir:
- Não te preocupes, ainda vais comer hoje. Quando chegamos eram quatro da tarde. Foi então que finalmente o meu primo foi acender a fogueira. Lembrava:
- Eu bem vos disse que ficava aqui para fazer a fogueira para o piquenique.
O meu irmão, sempre a rir, dizia a todos:
- Mas que culpa tive eu, que tivessem roubado o rio?
Este piquenique nunca mais o vou esquecer.
Uma semana depois ele veio sozinho ao pé de nós e disse:
- Já lá foram de novo pôr o rio no lugar.
Olhei para ele sem parar de rir.
Claro que quando fomos todos ele já não se lembrava onde ficava o rio. Disse vamos lá para o próximo fim de semana.
Responderam todos em coro:
- Vai tu, que o rio é teu. Vamos andar horas de novo e não vais dar com o rio.
Ele respondeu:
- Posso garantir que a pessoa que roubou o rio já o foi lá devolver.
Acho que ter um irmão como o meu serve para fazer rir toda a gente à sua volta.
Mas que aventura foi aquele piquenique.