
Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
3 minutos de leitura
Hoje de manhã acordei como de costume para ir trabalhar após uma pausa de descanso de uma semana. O sol estava brilhante e já corria algum calor apesar de ser ainda cedo. Geralmente percorro 9 quilómetros em 10 minutos de carro até à estação de metro mais próxima e depois mais 8 minutos de metro até ao centro da cidade. Por fim percorro 11 minutos a pé até chegar ao local de trabalho, ou seja, se tudo correr pelo melhor levo 29 minutos a percorrer todo o trajecto. De bicicleta levo 39 minutos a percorrer até atingir o destino, mas por um percurso completamente diferente. Logo aqui começa o desafio. Como escolher a melhor rota para chegar ao mesmo destino? Percebi que de bicicleta tudo estaria em aberto e por escolher e o Google Maps não poderia ajudar porque não existia experiência para fazer aquele trajeto em duas rodas e a pedais. Decidi escolher o caminho mais plano possível ainda que tivesse que subir uma ou outra rua mais inclinada. Assim decidi descer desde casa até à beira rio e desfrutar daquela fantástica vista enquanto me deslocava para o trabalho e fazia exercício físico. Claro que quando chegasse ao destino iria ter que mudar de roupa pois ficaria encharcada de suor, não só pela subida final mas também pelo calor que ameaçava aumentar. Assim, logo de manhã, quando decidi mudar os planos, enchi uma pequena mochila com uma muda de roupa e usei vestuário confortável para pedalar.
Já em plena estrada junto ao rio apreciei as águas calmas do Douro e, claro, fui passando pela longa fila de carros parados no trânsito que tristemente transportam quase sempre apenas uma pessoa. Depois de praticar exercício físico e de me tornar um pouco mais amigo do ambiente, chego ao trabalho liberto da ansiedade provocada pelo trânsito e apto para produzir mais. A poupança na carteira é visível com a redução de combustível, o maior espaçamento das revisões do carro e dos pneus e ainda do passe mensal do metro. Também me liberto da sensação de me sentir como a sardinha em lata em horas de grande tráfego dentro do metro.
Viajar de bicicleta para o trabalho talvez seja uma nova forma de apreciar a paisagem, ao ritmo da pedalada, porque se vou de carro estou mais atento ao trânsito e se vou a pé a mobilidade é reduzida. Ver logo de manhã a paisagem do rio a desenrolar-se à minha frente é um privilégio que irei aproveitar enquanto as minhas pernas o permitirem.