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Assim ao de leve, como quem não quer a coisa, o senhor Albano do Café Portugal em jeito de informação com convite no subtexto disse-me que iria haver uma degustação de vinho verde na sexta-feira passada no espaço contiguo ao restaurante, mais propriamente na conhecida Cada do Benfica em Bruxelas. Ora, como gosto bastante de vinho verde, e dos outros todos também, com exceção dos carrascões, é óbvio que guardei a mentalmente a informação e no dia marcado um pouco depois da hora aprazada lá estava eu para dizer mal ou dizer bem pela minha própria boca do vinho que me era oferecido a provar.
A empresa vitivinícola Quintas de Melgaço trouxe uns alvarinhos de se lhe tirar o chapéu. Eram todos bons. Provei o QM Alvarinho, que comprei duas garrafas por se adequar melhor ao meu paladar, mas o Alvarinho Vinhas Velhas e Alvarinho & Sousão rosé eram igualmente muito bons, não desfazendo no Torre de Menagem, no Loureiro nem no fantástico Sauvignon Alvarinho.
É preciso sublinhar a simpatia tanto o senhor Tiago Lopes da Quinta de Melgaço como do senhor Rui Ferreira o importador de vinhos através da sua empresa “Vins Ibériques” - Raison d’Être, tanto se esmeraram nas explicações relativamente às subtis diferenças de cada um deles sem deixar de referir também a generosidade com que nos enchiam o copo.
Foi um final de tarde muito bem passada, tanto mais que depois acabei por encontrar vários amigos, o que fez com que a degustação se prolongasse para um agradável jantar. Há dias que valem mesmo a pena, foi o caso de ontem. Pelo bom vinho, mas sobretudo pelo convívio com os amigos. As comunidades precisam de mais iniciativas que nos juntem mais e nos unam fraternamente à volta dos nossos produtos, que são fantásticos, e de praticar nossa língua que é das mais belas do mundo.
Silvino Gomes da Silva