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As escolhas dos encarregados de educação nas escolas portuguesas de acordo com o ranking e onde estão os melhores professores. Qual é a qualidade do ensino em Portugal proporcionada pelo Estado e pelas escolas privadas.
As escolas portuguesas apontam para deficiências graves com a publicação do ranking das melhores escolas relativo a 2022 de acordo com os rankings agora publicados.
A grande novidade é que as escolas com media negativa mais que quadruplicaram, nas provas finais do 9º ano, o que revela a qualidade do ensino em Portugal. Por outro lado, é nas escolas privadas que as melhores notas sobressaem, sendo comum atribuir 20 valores, a nota máxima. As escolas públicas descem no ranking geral, sendo que a primeira escola pública classificada se situa em 39.º lugar. Estes resultados não são estranhos à conturbação social entre os professores e as greves desencadeadas ao longo de 2022, a partir logo desde o mês de Janeiro.
As escolas melhor colocadas situam-se no norte do país, surgindo em sexta posição uma academia de música de Lisboa, seguido de um colégio em Coimbra.
Os portugueses enquanto encarregados de educação apenas têm duas opções.
A primeira é confiar os seus educandos ao ensino público sujeito a estas oscilações lectivas decorrentes das manifestações e greves na luta por melhores condições dos professores, sendo menos certo o resultado de um ano de aulas intercaladas por estas justas reinvindicações.
Os portugueses têm uma segunda opção, caso o orçamento familiar o permita, de entregar os seus educandos ao ensino privado que procura fugir a este tipo de manifestações populares e cujos professores se submetem à direcção da escola privada.
Onde está a qualidade do ensino em Portugal?
Não é verdade que os melhores professores estejam concentrados num só território ou modalidade de ensino. Esta discussão já leva anos entre pais, encarregados de educação e professores.
Existe uma boa parte de encarregados de educação que optam por confiar à escola pública os seus filhos no ensino secundário. Entendem que os seus filhos devem conquistar maior autonomia e conhecer outras realidades sociais. Claro que o orçamento familiar também vai ajudar a decidir para que tipo de ensino vão os filhos.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), cerca de 87% dos alunos frequentam o ensino publico em Portugal no ensino básico, no secundário e no universitário.
Os encarregados de educação apenas procuram o ensino privado em situações especiais, por compatibilização de horários de trabalho, a procura de melhor ensino e o acompanhamento dos seus educandos na falta de uma rede familiar estruturada, assiduidade dos professores e segurança do aluno.
O que é injusto é que o contribuinte do Estado português, paga através dos impostos para uma educação pública, gratuita e universal. Mas se quiser educar os filhos numa escola privada, terá que voltar a pagar através das propinas impostas pelo ensino privado.
Trata-se, portanto, de uma quase dupla tributação. Paga o tributo ao Estado português e paga a propina ao colégio privado.
Mas estudar e investigar em Portugal continua a ser uma opção para os filhos dos luso-descendentes.