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A liberdade é uma poderosa norma moral do pensamento, que muitas vezes desperta emoções contraditórias nas pessoas. Ao mesmo tempo que é vista como um direito fundamental e uma conquista desejada, também pode ser controversa e perturbadora para alguns. A ideia de que a liberdade ofende porque sendo inocente e ingénua, é muitas vezes excessiva, merece ser explorada com cuidado e reflexão.
Liberdade inocente.
A liberdade, na sua essência, é inocente. Surge como um desejo natural do ser humano de se soltarde amarras e restrições, de ser quem verdadeiramente é. Mas essa inocência pode confundir e até transtornar aqueles que se sentem ameaçados pela autonomia e independência alheias. Estainocência representa a transparência do indivíduo em busca de sua expressão mais genuína, mas pode ser interpretada como um desafio à organização estabelecida, gerando oposição e disputas.
Liberdade ingénua.
A liberdade ingénua, reside na fé de que exercer pura e simplesmente os direitos que entendem que lhes assistem, não prejudica os outros. A mais das vezes, agem sem malícia, acreditando que estão a ser livres. Não se apercebem de que as suas acções podem interferir na vontade e bem-estar alheios. Essa falta de probidade e responsabilidade em relação ao impacto das escolhas individuais pode gerar confrontos e desentendimentos, uma vez que o desejo e necessidade de um indivíduo pode colidir com o interesse e arbítrio do outro.
Liberdade excessiva.
A liberdade excessiva pode ser vista como um ultraje às regras socialmente convencionadas, quando uma pessoa procura usar a sua, de maneira imoderada, sem considerar os limites e direitos dos outros, o que origina desconforto e contestação. Se exercida exageradamente pode violar os fundamentos éticos e morais que suportam a sociedade, causando discórdia e desordem.
Mas a liberdade enquanto tal, nunca é demais, nunca é excessiva
Deverá entender-se que, apesar de ser um direito inalienável, ela traz consigo responsabilidades e uma complexidade intrínseca. Que deve ser desempenhada de uma forma esmerada e cortês, tendo em atenção o impacto que suas manifestações possam ter sobre a sociedade e sobre os outros indivíduos. Que não deve ser um pretexto para desrespeitar ou ignorar o espaço e a dignidade do próximo, mas sim uma oportunidade para viver em concórdia e com imparcialidade.
Quando exercida de forma ponderada e consciente, é uma força de mudança em todos os aspectosda vida de uma sociedade e inspira e aproxima as pessoas na procura de um mundo onde todos possam usufruir totalmente das suas regalias individuais. Compreender e honrar a liberdade dos outros é indispensável para estruturar uma sociedade justa, abrangente e serena, na qual cada pessoa tenha o direito de ser livre.
A liberdade inocente, excessiva e ingénua não deve ser motivo de confronto, mas, uma oportunidade de discussão construtiva, compreensão e cooperação recíproca, logrando a construção de um futuro mais justo e livre.
Pelo que se vai sabendo no mundo da vontade dos mandantes do nosso planeta (gente muito importante que só quer o nosso bem, desprovida de qualquer empatia com pessoas, agrupados em algumas organizações de que todos sabemos os nomes, muito juntinhos e a uma só voz), vamos em pouco tempo, menos de um lustre, e em termos globais, ver a nossa vida totalmente devassada, a nossa vontade subtraída, os nossos desejos amarfanhados, a nossa independência tolhida, a capacidade de exercer a nossa vontade, ausente, e a condição de se ser um cidadão e poder dispor da sua pessoa, desprovida de sentido.
Em suma, liberdade nula, por inexistência.
José Fernando Magalhães
“- Por decisão do autor, este artigo encontra-se escrito em Português, e não ao abrigo do «novo acordo ortográfico».”