Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor!
Gosto muito de cinema. Podendo, e havendo filmes que me interessem, quase não há semana em que eu não me sente no escuro de uma sala, preferencialmente nas cadeiras laterais. Quase ninguém se senta nesses lugares.
Ontem não foi excepção, excepto a necessidade com que fiquei de falar sobre o assunto.
Fui ver “O Criador”, um thriller de ficção científica, passado no meio de uma guerra entre a raça humana e as forças da inteligência artificial.
Esta coisa da Inteligência Artificial está na moda.
A história é básica e cheia de mensagens subliminares.
Os robôs das forças da Inteligência Artificial lançaram uma bomba sobre Los Angeles e mataram milhões de pessoas. Felizmente que estas coisas se passam sempre em solo norte-americano, não tem nada a ver connosco.
A América do Norte, qual defensora do mundo, tomou a Inteligência Artificial como primeira inimiga da humanidade. A Inteligência Artificial refugiou-se na sombria Nova Ásia onde tem uma poderosa força militar. Os americanos vão até lá para a destruir, em especial a última e mais poderosa arma jamais inventada, que estará a ser programada para destruir a humanidade.
O herói, que já lá tinha estado e se apaixonara por uma asiática que, grávida, tinha morrido num ataque americano, volta para destruir a arma e descobre que a dita cuja tinha a forma de uma menina, supostamente igual à que ele teria podido ter mas que morrera aquando da mãe. O herói apaixona-se pela máquina, a máquina diz-lhe que só quer o bem do mundo e da humanidade, e devido a isso, o herói, ataca o amigo e companheiro de armas, que acaba por morrer, e mata milhares de pessoas na tentativa de salvar o robôt, o que consegue, à custa, também, da sua própria vida.
Ficamos a saber que a Inteligência Artificial é boa, que as pessoas são más, que vale mais a continuidade da existência de uma máquina pensante, do que a vida de pessoas, e que isto é mais uma tentativa de lavagem cerebral para que aceitemos calma e disciplinadamente o futuro que há-de vir.
Mas não liguem ao que eu digo, estas minhas palavras, não passarão por certo de teorias da conspiração.
José Fernando Magalhães
“- Por decisão do autor, este artigo encontra-se escrito em Português, e não ao abrigo do «novo acordo ortográfico».”