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O emblemático Parque do Cinquentenário, em Bruxelas voltou a ser o palco gigante da nona edição do, já consagrado certame, O Melhor de Portugal. A Festa e Feira que congrega, que dinamiza e que promove o melhor de nós; da cultura à enogastronomia, do espectáculo aos excelentes produtos agroalimentares, de Norte a Sul de Portugal, num hino e louvor à nossa própria identidade. Grande sucesso por antecipação, tal foi a sua preparação e correspondentes objectivos.
De facto, “O Melhor de Portugalˮ tornou-se um evento de referência, incontornável aqui no coração da Europa. Virado para a diversidade de toda a sociedade de acolhimento, com mais de setenta nacionalidades diferentes a pisar o chão quente, de uma feira inteira, cheia de interesse cultural, gastronómico e dos melhores produtos autóctones de Portugal. Honramos assim a variedade da nossa gastronomia, da música tradicional e do folclore, da cultura, da nossa língua e do nosso património. O Melhor de Portugal, de forma altiva e natural, com vontade de crescer, de se expandir a outras paragens, outras comunidades.
A feira e festival já vai na sua nona edição, uma organização conseguida, da CAP-Confederação dos Agricultores de Portugal, uma estrutura socioprofissional agrícola, com representação na capital belga. Que contou com cerca de sessenta produtores/expositores de todo o país. A região do Douro foi a convidada de honra, laureada Cidade Europeia do Vinho 2023 que se fez representar com todo o requinte e qualidade. Produtores e consumidores juntos, nesta que é considerada uma boa oportunidade, de contactos e sobretudo, de promoção dos seus produtos, além-fronteiras. Tais como as frutas, os vinhos, as hortícolas, os enchidos e fumeiros, os queijos e os azeites. E tantos outros produtos dos saberes e de sabores nacionais. Muitas destas empresas encontram assim, a forma e os meios para o compromisso de exportar, em todo o Benelux. É porventura o maior objectivo; conquistar a confiança dos retalhistas, do comércio local e a satisfação da sua clientela.
Foi nesse sentido que, pela primeira vez, o Município de Ponte da Barca se fez representar. Numa atitude de observância e de preparação, em vista de trazer mais tarde, os próprios produtores. Ponte da Barca tem, mais que a boa fama, a excelência dos seus produtos; dos vinhos verdes e vinhão, do fumeiro e dos queijos, do mel, das hortícolas, do artesanato, entre outros. Preparar o caminho foi a missão da Marina Reis, que realizou um excelente trabalho, de contactos e de informação. O seu jeito simples, na abordagem e no interesse, mostrava a vontade e a capacidade de se poder ir mais longe, de concretizar projectos que promovem e dignificam o sector produtivo local. Deu-se assim início a uma novidade, que convém enaltecer. Que é gratificante e que deve, no tempo produzir os seus frutos. Parabéns pela iniciativa, que visa fazer mais e melhor, pelos nossos produtores, a nossa gente, a nossa terra! Podemos e devemos estar, no mesmo patamar de outros concelhos limítrofes. Ponte da Barca deve assim, iniciar um novo rumo, abraçar outras oportunidades, tal com já faz na grande feira e romaria de Nanterre. Provavelmente em moldes diferentes e adequados a cada situação e/ou circunstância.
Esteja onde estiver tenha consigo a Caixa Geral de Depósitos, uma instituição bancária, que considera e por isso é também considerada no nosso meio. Presente e actuante, nos seus dirigentes e funcionário. Com os seus serviços e a sua disponibilidade no apoio às iniciativas socioculturas e associativas na Bélgica.
Também lá estava a nossa Livraria! La Petite Portugaise a divulgar e a promover a leitura, os livros, nossa língua... E muita simpatia.
Outra presença visível e contributiva, na divulgação do evento foi a do Jornal das Comunidades, na pessoa do seu Administrador e proprietário. O Tony da Silva, conseguiu fazer uma boa cobertura fotográfica e de reportagem. Nas redes socias iam aparecendo as publicações, os directos a informação. De Bruxelas para o mundo!
O Melhor de Portugal inclui um ambicioso programa cultural, de craveira. Cabeça de cartaz o grande Toy que arrebatou aquela multidão! Já cá tinha vindo e voltará. Outros vultos da música e animação estiveram ainda os consagrados artistas: David Antunes, Emanuel Moura, Romana, David Alves, Jessica Cipriano. Estiveram bem, foram por isso aplaudidos.
E não faltaram o ribombar dos Bombos, com os Zés Pereiras de Vila Real. Também tinha que estar o nosso folclore, alma do povo. Com um único rancho, que brindou os olhares daquela assistência. Estiveram muito bem o grupo da APEB com a sua música e danças tradicionais. Pena não estarem outros agrupamentos, tendo em conta que temos, em Bruxelas, quatro Ranchos activos e disponíveis para as mais diversas participações e/ou festivais. O folclore, somos nós. É a nossa identidade cultural.
Nesta como em outras edições irrompeu o improviso, os encontros fortuitos, a convivência e a partilha. Este certame, tem também a característica de juntar as pessoas, num ambiente tipicamente português. Foi nesse sentido que se assistiu à espontaneidade de umas desgarradas, das concertinas e da alegria popular. #Solminho voltou a estar presente, para dinamizar e promover tudo quanto por ali se vivia, no intuito de dar a conhecer longe, a nossa dinâmica de festa e feira. Deambulamos pelos espaços deixando o perfume da amizade e da salutar convivência. É justo deixar aqui um especial agradecimento ao amigo Loureiro de Barcelos, que veio pela terceira vez consecutiva, a expensas próprias. E ao António Pereira que proporcionaram bons momentos, em perfeita sintonia com o ambiente. Foram, deste modo, enaltecidas a paixão e a razão das nossas tradições, dos usos e costumes. A título de informação a escola de música #SolMinho voltará depois das férias, com mais vigor e determinação, na aprendizagem e formação de novos talentos. Casa do Benfica de Bruxelas, às quartas e sextas-Feiras.
O carismático e competente José Figueiras voltou a ser o apresentador oficial da festa. Que terminou em apoteose. Ou não fosse aquela imponente voz do Toy a cantar o Avé-Maria de Schubert. Muito lindo e comovente. Um final feliz, a marcar esta edição, que promete mais e melhor!
Dos responsáveis pelo evento ficou uma palavra amiga e sentida: obrigado e até para o ano!
Ao que acrescento: se Deus quiser!