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Prossegue, em plena pandemia e tempo de confinamento, a campanha eleitoral para as presidenciais do próximo dia 24 deste mês. Portugal e os portugueses assistem, com apatia a uma campanha, também ela fora do normal; enfadonha, insípida, desnaturada! Com mais de meia dúzia de candidatos, num bracejar inútil, descabido, fútil... Desnecessário e atentatório aos valores da liberdade, do direito e da democracia! Alguns, pela natureza das coisas e não das causas, sujeitam-se, envergonham, rastejam. A roçar o ridículo, apesar de sabermos que o debate de ideias é fundamental e muito salutar, numa sociedade normal, amadurecida e adulta. Assistimos a um teatro que não dignifica, nem promove, as instituições e a própria democracia, na sua essência e desempenho.
A tudo aquilo que vemos e ouvimos acrescem outras situações, que merecem indignação e repúdio. Aos portugueses que residem no estrangeiro, não lhes foram dados os meios e as necessárias condições para votar.
Numa desorganização, quase programada, tal é o desinteresse da nação sobre a participação cívica de toda essa gente, com direitos de cidadania iguais. E se a dona abstenção já era elevadíssima, desta vez será raínha, o que deveria provocar em todos, uma séria reflexão e tomada de consciência, no sentido da mudança e adaptação, que inclui a possibilidade do voto electrónico, que muitos refutam; haverá medo do voto massivo dos portugueses da diáspora? Há quem acredite que sim!
Vamos voltar a ter um presidente, igual a si mesmo! Que se recandidata, na base da tragédia pandémica, segundo os seus próprios dizeres, de uma situação extraordinária! Marcelo Rebelo de Sousa, abarca a preferência de uma alargada maioria! E pode contar, paralelamente, com o maior número de abstenções, também devido à situação de confinamento e restrições. Da campanha e tempo de esclarecimento, pouco ou nada se aprendeu! Portugal vê-se hoje confrontado com desafios muito diferentes daqueles que se colocavam, ainda recentemente.
Somos nós quem tem a obrigação de transformar Portugal, nunca esquecendo que a liberdade e a igualdade são faces da mesma moeda, chamada desenvolvimento e prosperidade. Temos o dever cívico de cumprir esse desígnio.
Com vontade superior, sem dogmas ou vícios, nem superioridades morais, venham elas de onde vierem. Importa ganhar o futuro, num tempo e circunstâncias adversas, mas com a certeza de se poder vencer! Por Portugal e o seu povo, por cada um de nós e pelos outros. Juntos somos Portugal; ontem, hoje e sempre!