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“Não está fácil, mas vamos vencer!” As associações em meio imigrante sempre foram uma mais valia para as comunidades de portugueses, quer na Europa e/ou noutros continentes. Boas causas e outros tantos motivos, de empregar bem os tempos livres, de promover e dinamizar a cultura popular, a gastronomia, os usos e costumes, num profícuo convívio e partilha de valores lusitanos. O folclore e as tradições, a fé e a saudade, outras tantas razões para se implementar, in loco, pedaços daquilo que somos e temos! “Sabemos que não está fácil, mas com trabalho e união, com vontade, havemos de vencer”.
A chegada do vírus Covid’19 veio alterar quase tudo! Relegando para uma paragem forçada, todas as actividades e projectos, que também eram vontade de conviver, de partilhar e dar a conhecer. De joelhos ao chão, durante mais de dois anos! Sem eventos e por consequência, sem qualquer receita, e/ou suporte financeiro, sendo que os encargos, esses eram para continuar. Agudizavam-se as dificuldades, os apoios não surgiam. Algumas associações não resistiram à impiedosa realidade e sucumbiram, num caminho traçado, num golpe, de todo forçado. A outras valeu a força e a coragem, para superar tão dura prova. E algum pé de suporte financeiro. A esperança, que não morre, alimentou o espírito empreendedor de toda essa gente, obreiros e benfeitores junto da nossa Diáspora. A quem muito devemos e a quem felicitamos, pela altiva atitude, do sonho, da teimosia, de um permanente acreditar, no seu potencial de organização. Um orgulho, com as cores da nossa bandeira!
Saídos desse tempo de duras restrições sociais, eis que o movimento associativo “renasce”, com a força do trabalho e da paixão pelas tradições, pela nossa própria indentidade. Voltam a organizar-se, com sucesso, as noites temáticas; os festivais de folclore estão de volta; os almoços e convívios; as festas e bailaricos, que recarregam baterias. Também já se programam alguns eventos futuros, com a festa de São Martinho na mira. Uma manifestação festiva e tradicional, que as comunidades portuguesas adoptaram, com os famosos magustos, castanha assada e vinho novo. Mas sobretudo a ocasião do reencontro, dos abraços e de muitas conversa avulsas. De convívio e amizade.
Também na Bélgica, assistimos a uma significativa retoma das mais diversas actividades associativas. Com destaque para a “segunda edição dos Sabores da Panela de Barro”, uma organização do Grupo Etnográfico O Ribatejo – Bruxelas. Um bom sinal e uma conquista. Um bom momento, cultural e gastronómico, em perspectiva.
Estão assim lançadas as bases de novos desafios, de novas aventuras e outras oportunidades. Pelo Movimento Associativo, pelas pessoas e pelos valores da nossa identidade! Sempre.