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Michel Stens, responsável da associação Artiris, de Bruxelas, teve a excelente ideia de convidar o pintor português António Cristóvão para participar, como convidado de honra, na exposição anual da referida associação que está a decorrer na magnífica sala abobadada do Halles Saint Gerry, no coração antigo desta cidade, até ao dia 28 de Dezembro.
Michel Stens tinha visto as obras de António Cristóvão na Galeria Pappilia de Jean-Marie Bertrand, em Ixelles, e foi aquilo que se pode dizer - amor à primeira vista. O encanto nasceu e agora concretizou-se.
Não admira que este pintou tenha encantado outros artistas belgas e, com esta exposição, o tenham designado pintor convidado. É que António Cristóvão sabe utilizar cores misteriosas que nos fazem sonhar e transporta-nos para uma realidade onde nos sentimos bem e com a qual ficamos encantados. Desta vez, quis mostrar-nos o seu olhar sobre Bruxelas. E lá encontramos a Grand Place, o Sablon, a Place du Jeu de Balle (Marché au Puces), Gand, sem esquecer os seus cavalos, as suas bailarinas e até o olhar misterioso de uma beldade extremo-oriental que nos deixa hesitantes para a identificarmos como japonesa ou chinesa.
É já vasta a obra deste pintor que aprendeu no berço e com grandes mestres o manejo das cores e dos pincéis. De Nova Iorque a Madrid, de Bruxelas ao Rio de Janeiro, de Paris a Bordéus, de Lisboa até aos quatro cantos de Portugal, António Cristóvão expõe a originalidade da sua arte pictural para seu próprio prazer e para o prazer de quem se deleita, observando os seus quadros. Utópico, pretende distribuir a felicidade com as suas pinturas e ouvimo-lo muitas vezes citar Bernard Shaw: “sem arte, a vulgaridade da realidade tornaria o mundo insuportável”.